Conflito histórico reacendeu em meados de abril, quando um ataque na região indiana da Caxemira deixou 26 turistas mortos. A Índia acusou o Paquistão, que negou a autoria da ofensiva. Fincada no coração das cordilheiras do Himalaia, a região da Caxemira é rica em belezas naturais e em recursos hídricos. Um lugar estratégico onde os interesses de três países colidem: Paquistão, Índia e China. E palco de três guerras entre paquistaneses e indianos, em um conflito que dura quase 80 anos.
A tensão histórica reacendeu em meados de abril, quando um ataque na região indiana da Caxemira deixou 26 turistas mortos, a maioria hindus. O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, acusou o Paquistão pelo ataque. Do outro lado, o governo paquistanês negou e iniciou uma ofensiva contra o país vizinho. No sábado (10), o presidente americano Donald Trump anunciou uma trégua no conflito, mas, horas depois, Índia e Paquistão trocaram acusações de desrespeito ao cessar-fogo. As hostilidades colocam o mundo em alerta, já que os dois países têm armas nucleares.
Para explicar as origens da disputa na Caxemira e o risco de uma escalada no conflito entre Índia e Paquistão, Natuza Nery recebe Gunther Rudzit. Doutor em Ciência Política pela USP e professor de Relações Internacionais da ESPM, Rudzit detalha o status da tensão recente entre os dois países, qual o tamanho do arsenal nuclear de cada lado, e como a China tem papel importante nesta história.
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O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Sarah Resende, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski e Carlos Catelan. Apresentação: Natuza Nery.
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Clima das montanhas da Caxemira, ao norte na Índia, durante o inverno em 10 de janeiro de 2023
Mukhtar Khan/AP
